Crítica sobre o filme "12 Horas para Sobreviver: O Ano da Eleição":

Rubens Ewald Filho
12 Horas para Sobreviver: O Ano da Eleição Por Rubens Ewald Filho
| Data: 06/10/2016

Este é o terceiro filme da série, houve Noite de Crime (13) seguido pela continuação Noite de Crime (em inglês sempre Purge, 14) e agora este, todos dirigidos e escritos por James DeMonaco. Deverá ser o ultimo porque ele já esta em andamento com um projeto que levará a franquia para a televisão! A história (agora com um elenco bem inferior e desconhecido) acontece então anos depois que o homem deixou viver o sujeito que matou seu filho, o ex policial sargento Barnes se tornou chefe de segurança da senadora Charlie Roan, candidata a presidência que está ameaçada de morte durante a noite do Purge (que ela pretende proibir). Purge poderia ser traduzido por Expurgar, Purificar, Limpar. Só para constar o filme foi bem nos EUA, onde vendeu quase 80 milhões de dólares (tem mais 38 no exterior). Mais que os anteriores, que renderam respectivamente 64 e 71 milhões talvez por ser justamente ano de eleição nos EUA.

Acho bom deixar claro que não gosto da proposta desta série, que explora violência, baixaria e dá péssimo exemplo. De qualquer forma começa com grupo de jovens sendo torturados, seguido por letreiro que diz que se passaram 18 anos e faltam dois dias para o Purge. Há uma revolta do povo que descobre que os governantes usavam essa limpeza para diminuir a população e no interesse próprio. Na verdade, este filme é mais oportunista ainda do que os outros porque é todo em cima de uma política americana, loira e ativa, chamada Charlie Roan, que perdeu sua família numa dessas situações e agora faz tudo para acabar com essa lei e praga. Acontece que os políticos ainda mais conservadores estão conspirando para justamente acabar com os inimigos deles, justamente a heroína.

É ai que tinha a maior reserva a atriz que faz o papel é bonitona, mas muito fraca, não convence nunca. Isso já derruba praticamente todo o resto do filme. Ainda assim sendo a maior parte dos atores negros e mulheres, e sabendo o que anda sucedendo nos debates dos partidos americanos, acaba-se ficando próximo demais do que seria possível na atual realidade. E chega mesmo a assustar no pior sentido da palavra!

Não estaríamos vivendo uma realidade próxima demais do que mostra o filme? Este é o verdadeiro terror!