Crítica sobre o filme "Conexão Escobar":

Rubens Ewald Filho
Conexão Escobar Por Rubens Ewald Filho
| Data: 28/09/2016

Foram 18 produtores que se reuniram para realizar este modesto e irregular drama policial que aproveita a popularidade do veterano Cranston depois que ficou finalmente famoso com a série de TV Breaking Bad (seguido por uma série de premiações e o estrelato em biografias como Trumbo e Lyndon Johnson, Até o Fim). Mesmo esta aqui ganhou no Brasil uma referência a Escobar por causa da série Narcos, já que o legendário traficante faz apenas uma pequena aparição numa única cena!. Mas é uma história real de um agente do governo que aceita se infiltrar com os traficantes latinos de drogas, numa missão difícil e perigosa. Pena que o diretor Furman seja fraco, não é bom na construção de cenas, optou por uma fotografia pesada e sombria, em momento nenhum tem o impacto e força de um Scarface. Mesmo Cranston com seu rosto muito envelhecido não chega a convencer como o protagonista, como se estivesse desligado e pouco interessado no resultado. Simplesmente não lhe dão as cenas e falas que o tornariam mais marcantes e mesmo humano (além de ter filha e esposa, ele consegue como colaboradora a sempre bela alemã Diane Kruger, embora o filme não tenha a ousadia de mostrar um romance entre eles).

Infelizmente o filme é uma ilustração da perigosa carreira do protagonista, que brilha pela apatia e não temeridade, cercado por coadjuvantes discutíveis (sou dos que não suportam John Leguizamo que faz o parceiro dele) com raros momentos de interesse (uma boa sacada foi trazer de volta a vencedora do Oscar Olympia Dukakis, que faz a tia divertida do herói). O Orçamento foi 28 milhões de dólares e teria rendido cerca de 15 milhões! Sem dúvida, ficará melhor na TV ou no streaming.