Crítica sobre o filme "Últimos Dias no Deserto, Os":

Rubens Ewald Filho
Últimos Dias no Deserto, Os Por Rubens Ewald Filho
| Data: 08/09/2016

Acredito que haja um público religioso que gostaria de assistir filmes sobre o tema, mas eles são raros e raramente satisfazem o espectador. Vide a besteira que foi o novo Ben Hur! Ao menos eu fiquei chocado com aquele que mostrava um menino que teria conversado com Jesus ao sofrer acidente e ir ao céu, que foi sucesso de bilheteria. Só para descobrir depois que o garoto tinha inventado toda a história. Pura vigarice. Este aqui é um caso diferente porque é mais sério, feito pelo filho do escritor latino de Cem Anos de Solidão e estrelado pelo sempre interessante ator Ewan McGregor (e ainda por cima fotografado pelo mexicano duas vezes seguidas vencedor do Oscar Emanuel Lubeski). E inteiramente rodado num deserto da Califórnia.

Mesmo assim não é nada memorável. Já encontramos aquele que seria Jesus no fim da sua temporada de meditação e sofrimento no deserto, com muito menos impacto do que outros sobre o mesmo tema. Ele tem contato com uma família que esta lá também em penitencia formada por mulher que esta muito doente, o chefe (Ciaran Hinds, um dos meus atores menos preferidos) e um adolescente (Tye Sheridan, que é um dos X Men recentes). Nada de muito concreto ou bonito, ou chocante ou importante vem a acontecer. Não vejo por que perder tempo. É verdade que os filmes neste ano de 2016 estão mesmo de amargar, mas há noticias de os melhores da temporada estarão começando a chegar... Já não era sem tempo...