Não sei se já chegou o momento do público perdoar Mel Gibson. Depois de suas contínuas falhas, assumindo seu alcoolismo, seu preconceito contra os judeus (xingando-os abertamente), suas crises com mulheres e o que é pior de tudo, deixando de ser o galã bonitão que o público gostava para virar um cara feioso com o rosto todo marcado de rugas. Já houve várias tentativas fracassadas de retorno, mas ele insiste novamente agora com este filme B da Lionsgate, que pretende ser uma história de ação sobre um pai envelhecido que agora tenta ajudar sua filha que se envolveu num problema grave, com traficantes de drogas e assassinato! Agora em fuga, ela pede ajuda desse velho que promete salvar a garota.
Depois de meia hora (e um ataque dos bandidos), a dupla finalmente sai pelo deserto, se refugia num motel no deserto (aliás onde se passa a maior parte da aventura), onde um rapaz descobre tudo pela televisão. Só que os bandido do cartel de drogas já estão prontos para atacar, provocando então uma das várias cenas de ação e perseguição (normais, sem nada de especial). Eles seriam, diz o filme Sicário, que trabalham para os traficantes. Eis que aparece como outro bandido o veterano Michael Park (foi Adão de A Bíblia depois resgatado por Tarantino) que irá provocar um conflito geral, inclusive com o mexicano Luna que pensávamos morto. Enfim, é um banal filme B que lembra um pouco dos recentes de Liam Neeson, só que mais pobre. Sylvester Stallone chegou a pensar a fazer a história de livro de Peter Craig, mas desistiu. Mal exibido nos cinemas americanos, foi direto para VOD.