Este é o mais recente documentário do russo Sokurov, tão admirado pelo Leon Cakoff, e que realizou perto de 60 filmes, quase todos do gênero. Mas, no entanto só um deles inteiramente original e ousado, que conseguiu conquistar um público maior, que foi Arca Russa (02), um incrível tour de force de uma hora e 39 minutos, num único plano sequência sem cortes, ao promover uma viagem no tempo e na Historia do que foi e é o Palácio de Hermitage,em São Peterburgo, tudo conduzido por um aristocrata que vai atravessando dois séculos de História.
Depois disso, fez alguns filmes biográficos para retornar agora com esta outra história de museu que é justamente o contrário, lenta, cansativa, sem novidades, quase toda feita na proporção quase quadrada no tamanho de tela, alternando cor e preto e branco. Mas pouco traz de novo ou mais criativo, se fixando em dois personagens reais, dando uma visão pessoal misturando material de arquivo com algumas cenas representadas, sobre Jacques Jaujard e o conde Franziskus Wolff-Metternich que colaboraram com o Louvre durante a Ocupação Nazista da França, durante a Segunda Guerra Mundial. A situação seria curiosa porque essas duas figuras, que seriam mais inimigos do que colaboradores, mantém uma aliança que será a razão para preservar o museu como um exemplo de civilização. Uma ambiciosa analise de arte, cultura, historia, afirmam os realizadores.
Francofonia se refere as pessoas e países que usam a língua francesa. Pena que tenha resultado num filme tão penoso, difícil de se seguir.