Estava curioso de assistir este primeiro longa-metragem dirigido pela bela e talentosa (e vencedora do Oscar) Natalie Portman que nunca rejeitou sua origem de Jerusalém, de família judia, falando com naturalidade o hebraico (ele fez na Broadway O Diário de Anne Frank e fez em Israel Free Zone de Amos Gitai (05). Também dirigiu antes dois curtas (sendo um deles, episódio de Nova York Eu Te Amo (08) e o outro curta Eve (08) com Lauren Bacall, e Ben Gazzara).
Este filme foi apresentado em Cannes e foi baseado no livro homônimo de Amos Oz (04) que se tornou o romance mais vendido em toda a história de Israel. Quem narra a história é um velho (vivido por Tessier) que relembra sua família e em particular sua bela e romântica mãe Fania Oz, que vive com o marido e filho num apartamento pequeno e lotado de livros em Jerusalém. Basicamente é esse garoto que vamos acompanhar com seus momentos desastrosos com árabes, brigas na escola, os vizinhos que vem ocupar parte do apartamento durante a crise quando a ONU esta votando a autonomia de Israel (não se faz menção ao Brasil que teve importante voto nesse caso). Mas é no mundo de fantasia e histórias que a mãe conta que ele vai tentando entender o mundo. Até quando sucede a tragédia anunciada e uma sequência num kibbutz.
Natalie parece ainda não ter experiência para fazer um script mais equilibrado e harmonioso por vezes confuso e sem o devido impacto. Também não brilha como atriz (possivelmente por acumular tantas obrigações). O filme poderia ser mais, ficando num meio termo.