Crítica sobre o filme "Era do Gelo - O Big Bang, A":

Rubens Ewald Filho
Era do Gelo - O Big Bang, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 06/07/2016

Já são 13 anos depois do primeiro A Era do Gelo quando houve o inesperado sucesso do  Scrat, uma espécie indefinida de esquilo de dente de sabre e estamos no quinto longa da série (há também curtas e especiais de Natal). E cabe a pergunta, será que já não cansou o público? Nem tanto o infantil que tem mais paciência quando gosta do personagem e do gênero, mas principalmente os pais que a acompanham! De qualquer forma, nunca se viu um ano como este em que até os filmes grandes tem fracassado bombasticamente, incluído agora este último fim de semana o mais recente filme de Steven Spielberg que se chama The BFG, aqui mais claramente será O Bom Gigante Amigo, o pior de sua ilustre  carreira! Se isso sucede com Spielberg num feriado de 4 julho (aliás o Independence Day II também se deu mal). Tudo parece indicar que o público se cansou de continuações que parecem refilmagens ou filmes que dão a sensação de já vistas.

Enfim, a sensação  de cansaço já se instalou e explica porque repetem as gags cada vez mais rápidas e recicladas. Os diretores são menos famosos Thurmeier (fez curtas e os filmes 4 e 3 da série) e Galen  (fez curtas e era supervisor de animação, este é seu primeiro longa como co-realizador). O brasileiro Carlos Saldanha assina como co-produtor junto com o chefão Chris Wedge. Enfim, não deve ter sido à toa que a franquia já tenha rendido ate hoje 2 bilhões e 800 mil dólares!

O novo episódio da série começa como de costume com um prólogo com o Scrat perseguindo sua noz através do espaço sideral, de tal maneira desastrosa que ele da inicio ao choque de planetas e a Teoria do Big Bang.Os outros personagens estão de volta, Manny e Ellie não estão felizes com o próximo casamento da filha com um certo Julian. Mas não demoram a sofrer o ataque das rochas em chamas e com tantos personagens secundários (no original são interpretados por atores famosos) que tem a missão de manter o interesse do que é uma repetição de cenas de ação já conhecidas. E outras mais originais, mas nem sempre bem sucedida (como a Geotopia, uma comunidade que vive dentro de uma grande redoma). Ao menos o alto padrão técnico /visual continua a ser mantido. Os dubladores locais são menos notáveis, com Windherson Nunes, mas reforçado pelo querido Diogo Villela, Marcio Garcia, Ingrid Guimarães.

Importante: o diretor de fotografia é novamente o brasileiro Renato Falcão que fez Os Desafinados, A Festa de Margaret, Rio 1 e 2, Snoopy e Reino Escondido.