Crítica sobre o filme "Doonby: Todos Tem o Direito de Viver":

Rubens Ewald Filho
Doonby: Todos Tem o Direito de Viver Por Rubens Ewald Filho
| Data: 22/06/2016

Normalmente eu deixaria passar em branco este filme Z que entrou em cartaz e felizmente ninguém foi assistir. Mas isso pode ser uma pena para aqueles apaixonados por filmes realmente ruins, inacreditáveis. Este Doonby: Todos tem o Direito de Viver, de um certo Peter MacKenzie, que é um veterano produtor e empreendedor, que em 2013, resolveu continuar como realizador (fez antes os para mim desconhecidos Mission Manila,90 e Mercador de Guerra, 89, que devem ter sido do tempo do VHS). Deve ter muitos amigos porque uma distribuidora nova também o lançou aqui (na sessão estava eu, um amigo e um sujeito dormindo lá atrás).

Mas o senhor MacKenzie (sua idade é omitido do IMDB) não tem a menor noção de como fazer um filme, dirigir atores, fazer cortes ou montagens. Seria muito divertido naqueles programas da TV americana onde debocham de filmes genuinamente ruins. Aqui um velho amigo John Schneider (Os Gatões, que se defende como pobre) chega a cidadezinha onde vai ser barman de um negro (o conhecido e desperdiçado Ernie Hudson). Mas ele tem traumas com a mãe que foi prostituta e o deixou sozinho enquanto é perseguido por duas garotas locais, ambas péssimas atrizes. Tudo é estarrecedor e infame, na verdade tão patético que na hora de escrever acabei ficando com pena dos envolvidos (o que incluiu uma participação pequena da lendária Jennifer O´Neill, nascida no Brasil e de Verão de 42, desfigurada pela plástica). Mas pode servir para boas gargalhadas e para demonstrar o que é realmente incompetência artística.