Crítica sobre o filme "Casamento de Verdade":

Rubens Ewald Filho
Casamento de Verdade Por Rubens Ewald Filho
| Data: 08/06/2016

Chega já com um mínimo de dez ou até vinte anos de atraso esta comédia romântica (ou algo assim) que teria muito mais impacto numa época em que casamento entre mulheres fosse ainda um tabu ou um problema. Hoje felizmente é apenas uma rotina que a diretora roteirista insistiu em fazer, sem qualquer novidade ou inspiração. Pobre Katherine Heigl (por quem eu tinha uma admiração quando largou a TV de Grey´s Anatomy e fez alguns filmes interessantes como Ligeiramente Grávidos, 07 e Vestida para Casar, 08. Mas tem uma personalidade difícil, que foi comprando brigas e ficou relegada a filmes B que mal são distribuídos. O que a forçou a voltar em série de TV, agora com Doubt, um drama de advogados).

Fica difícil achar alguma graça na situação pouco inspirada de uma certa Jenny, que é gay assumida menos para sua família antiquada (o inglês Tom Wilkinson faz o pai careta num dos momentos mais fracos de sua carreira), enquanto a melhor figura do filme é a irmã mais nova que é interpretada por Grace Gummer, que é a filha de Mery Streep (está aliás na cara, pena ser mais feia) e que pela primeira vez tem um papel mais desenvolvido). Imperdoável é a noiva de Jenny (Katherine) que é a encantadora Alexis Bledel (de Gilmore Girls, outra muito mal aproveitada).

Rodado em Cleveland, Ohio. A autora do filme Donoghue foi roteirista de filmes melhores como Amigas para Sempre com Bette Midler, O Engano com Goldie Hawn, Deixe-me Viver com Michelle Pfeiffer, O Custo da Coragem (Veronica Guerin, com Cate Blanchett, 03).