São vinte diferentes produtores que realizaram esta pseudocomédia que tem a trilha musical composta por um brasileiro (o Marcelo Zarvos não em seu melhor dia). Mas que é um dos momentos mais infelizes da longa carreira do humorista Bill Murray (que neste mesmo ano fez também um pavoroso show musical da Netflix, chamado A Very Murray Christmas). É incrível como Murray, que pode ser genial com o roteiro certo (por exemplo, em Feitiço do Tempo, 93, ou Encontros e Desencontros, 2003), também pode ficar perdido numa história sem sentido (mesmo estando cercado por um grupo de amigos famosos com menos ainda por fazer do que ele!). O mesmo se pode dizer do diretor Barry Levinson, que ganhou Oscar por Rain Man (89) e foi indicado antes por Justiça para Todos, 89, como roteirista, Diner, roteiro 92, Avalon, roteiro, 90 e Bugsy, roteiro e direção, 91. Desde então a melhor coisa que fez foi uma série de TV infelizmente mal conhecida aqui chamada Homicide, Life on the Street, 93, até hoje vista como obra-prima! Ainda assim teve filmes dignos na TV (Você Não Conhece Jack, com Al Pacino), Vida Bandida e Mera Coincidência. Mas não é logicamente o mesmo e não consegue salvar esta besteira infeliz.
Murray é um manager Richie Lanz (empresário) musical que acha que descobriu uma garota talentosa como cantora e que deveria ser apresentar num show musical de TV caso não estivessem na Afeganistão e tudo fosse pecado ou proibido. Principalmente quando a leva até Cabul para participar do programa Afghan Star. Foi muito vagamente inspirado em fato real! E rodado no Marrocos e Afeganistão.
Um tema difícil porque está se envolvendo com fatos dramáticos que parecem ser verdadeiros e nunca tem a leveza ou ironia que poderia salvá-lo. O título do filme se refere a uma canção do mesmo nome da banda punk The Clash, que conta uma fábula sobre um rei que proíbe o rock, mas que é desafiado pela população (uma ideia criada porque em 1979, o Irã baniu a musica ocidental). O triste é que a canção não aparece no filme porque não lhe cederam os direitos autorais. Uma coisa tão esquisita e decepcionante como o próprio filme.