Crítica sobre o filme "Caçador e a Rainha do Gelo, O":

Rubens Ewald Filho
Caçador e a Rainha do Gelo, O Por Rubens Ewald Filho
| Data: 22/04/2016

Não conheço o diretor Cedric: francês, especialista em efeitos especiais, em filmes como o anterior Branca de Neve e o Caçador, dois Piratas do Caribe (Baú da Morte, Maldição da Perola Negra) e também ocasional compositor. Mas não revela qualquer talento especial nesta outra aventura com personagens de contos de fadas mas que no fundo não é para crianças e com certeza vai confundir o público feminino que viu o original. Afinal de contas, no capitulo anterior o Caçador (Hemsworth, o Thor) terminava justamente como sendo o amor da vida da Branca de Neve, que agora é vista de passagem, de costas, ou seja, nada tem a ver com a trama principal. E se o filme começa com um prólogo da aventura anterior, esquecem de tudo que rolou antes entre o casal fixando-se um pouco na Ravenna (a sempre deslumbrante Charlize Theron o que para o meu gosto já basta!) e deixando como a grande vilã a também interessante Emily Blunt, que interpreta a irmã de Ravena, Freya, que é uma vergonhosa Rainha do Gelo (eles não tem o menor pudor em roubar o personagem do recente desenho de Disney que até hoje é ainda sucesso entre as crianças. Ou seja, de Frozen uma Aventura Congelante (13).

A história começa com Ravena convencendo a irmã Freya de que os homens são canalhas e não se podem confiar neles, muito menos no amor. Tudo parece confirmar sua posição e por isso Freya se muda para um lugar distante, no gelo, onde iniciará um reino de crueldades, forçando todo mundo a não se apaixonar. Mandou chamar as crianças que trouxe para seu castelo onde se tornarão guerreiras com a única obrigação de não se apaixonarem ou acreditarem no amor. Naturalmente isso não impede o amor entre o Caçador (Chris) e Sara (quando se torna adulta, ela passa a ser interpretada por Jessica Chastain, já bem envelhecida e que continua a ser um blefe, muito barulho nas premiações por quase nada!).

A aventura naturalmente tem efeitos especiais decentes (com jardins e lutas, mas depois de Mowgli, fica difícil a comparação), alívios cômicos (de casais de anões) e ocasionais monstros. Mas continuo a achar que é um desrespeito ao fã da primeira aventura e aonde o fotogênico elenco limitou-se a ganhar seu dinheirinho! Como dizem os americanos e Woody Allen, “take the Money and run” (algo como Pegue sua grana e desapareça).