Não há surpresa na história, já contada em variantes por Hollywood e outros países europeus, mas mesmo sim há algo de encantador nesta coprodução de países nórdicos e gelados, sobre um homem de 43 anos, gordo e plácido, colecionador de brinquedos (sobre a Segunda Guerra Mundial) que vive ainda com sua mãe (e tem um choque ao vê-la fazendo sexo com um desconhecido afável que não quer nada de compromisso). Esse é justamente Fusi, o protagonista anti herói deste filme que ganhou prêmios no Festival de Cairo (parece que Coppola era o presidente do júri que ficou entusiasmado). Três prêmios no Festival Tribecca em Nova York (filme narrativo, ator e roteiro), ator em Valladolid.
O fato é que Fusi era solitário mas despreocupado (não reagia nem quando os colegas praticavam o bulling com ele) até quando surge mais ou menos ao mesmo tempo uma garotinha que mora no vizinho (e que é das poucas que conversa com ele, mesmo que o pai dela acuse o herói de tentar se aproveitar sexualmente dela!) e principalmente uma mulher feia chamada Alma, que conhece numa aula de dança de salão à la country americano. Tenta paquerá-la mas esta é sujeita a depressões e ele passa a ser a pessoa forte que tenta cuidar dela.
Esta é a história simples, humana e simpática que parece estar conquistando um público mais adulto e exigente. Não gosto só do titulo nacional do filme (até porque lembra outro Desajustados, o de Marilyn, esse com o artigo na frente).