Crítica sobre o filme "Fique Comigo":

Rubens Ewald Filho
Fique Comigo Por Rubens Ewald Filho
| Data: 02/03/2016

Um modesto mas simpático filme Frances, que chegou a passar em Cannes, também conhecido como Macdam Stories. O diretor e também ator, já foi casado com a falecida Marie Trintignant e são pais de Jules Benchetrit que faz aqui o papel de Charly. Os cinco longas anteriores dele não tem maior importância. Mas pelo jeito resolveram achar que este aqui tem certo charme.

Pode ser, caso seja paciente e não muito exigente. A ação se passa num decadente prédio de periferia que é habitado desta vez não por marginais mas por gente comum. São vidas que se cruzam, ou pelo menos se esbarram. Sterkowitz (Gustave) vive sozinho mas exagera no exercício e volta do hospital numa cadeira de rodas. Isso não impede que se interesse por uma loira mal tratada que ameaça namorar (papel da cada vez mais sofrida Valeria Bruna-Tedeschi, a irmã feia de Carla Bruni). Charly é um adolescente que vive sozinho e tenta ajudar uma nova vizinha (a desperdiçada Isabelle Huppert) que foi atriz e tem um filme em VHS para provar isso (e utiliza um trabalho bem antigo de quando Huppert era muito jovem e de rosto redondo). A história mais um pouco divertida é a de um astronauta americano que por engano cai no teto do prédio e se hospeda na casa de uma senhora árabe enquanto a NASA demora para recolhe-lo! Tudo feito no enquadramento da moda, justamente o formato quadrado que se usava antes dos anos 50!

A gente tenta gostar mas é muito fraquinho, como se tivesse medo de ser engraçado ou ter algum significado.