Crítica sobre o filme "Escolha, A":

Rubens Ewald Filho
Escolha, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 11/02/2016

Não sei por que escolheram Ross Katz como diretor, já que é conhecido um pouco como produtor  indicado ao Oscar por Entre Quatro Paredes (01), Encontros e Desencontros de Sofia Coppola. Como diretor fez antes Adultos Inexperientes (14) que não conheço, e o médio telefilme O Retorno de um Herói (Taking a Chance, 09, com Kevin Bacon). O roteiro é de Bryan Sipe (não confundir como homônimo mais conhecido como maquiador premiado de Piratas do Caribe). Este aqui não fez nada de importante como escritor e foi uma escolha infeliz (aproveitando o título) para a adaptação do livro de Nicholas Sparks.

Aliás esse é o problema, estão querendo matar a galinha do ovos de ouro com adaptações cada vez mais fracas, menos populares e com pior elenco da obra do popular Nicholas Sparks.  Já são 11 créditos para ele no cinema, mas realmente apenas um que funcionou e hoje é um clássico a sua maneira, o belo Diário de uma Paixão (04) com Gena Rowlands, Ryan Gosling, Rachel McAdams.  E este aqui é possivelmente o mais fraco de todos, não tivesse sido o anterior o ainda mais tênue e frouxo, Uma Longa Jornada (14) com o filho de Clint Eastwood.

Os problemas começam com o elenco equivocado. O protagonista é Benjamin Walker que não funcionou como o Abraham Lincoln o Caçador de Vampiros e que fica ainda pior com seu jeito sub Liam Neeson. Ele interpreta um veterinário (filho de outro do mesmo ramo feito pelo britânico e entediado Tom Wilkinson) que se apaixona por sua vizinha médica (a radiante Teresa Palmer, que é especialmente não indicada para mais tarde demonstrar passividade e sofrimento!). Só que ela já é noiva de um médico (que marca a volta ao cinema do antigo Superman, de Smallville, que depois de longo hiato retorna gordo e ainda mau ator. Mas sempre bonitão.

A história leva um tempo enorme para se transcorrer num romance de vai e vem, idas e voltas, mero pretexto para ficar mostrando a paisagem de sempre de seus filmes, já que quase todos reverenciam o lugar natal preferido do autor que North Carolina (em especial Wilmington). Quando tudo parece se resolver, tem mais meia hora de filme quando aliás adquire um certo nível de emoção. Pode ser até que alguém chore... mas pelo jeito é tarde demais porque este filme foi muito mal de bilheteria em seu lançamento americano semana passada (aliás como muitas estreias de Hollywood), nem chegou aos seis milhões e meio de bilheteria.