Crítica sobre o filme "Pai em Dose Dupla":

Rubens Ewald Filho
Pai em Dose Dupla Por Rubens Ewald Filho
| Data: 29/01/2016

No Brasil até hoje ainda não fez sucesso o comediante Will Ferrell, apesar de boa vontade da crítica brasileira ele tem um estilo de humor esquisito e cara de pau que nosso espectador ainda não consome. Em compensação ele tem trabalhado sempre como o mesmo roteirista e diretor que é Adam McKay, só que este acabou de dar um passo mais alto e acabou de ganhar o prêmio dos Críticos pelo ótimo filme que fez satirizando os bancos americanos que é A Grande Aposta (também ouvi dizer que houve rejeição deste trabalho aqui por que não é de fácil compreensão entender os dados bancários e que tais, que naturalmente já foram feito assim para que o leigo não entenda e seja enganado por eles). Enfim, McKay se consagra e demonstra que é um bom diretor e aqui tiveram que chamar um substituto que é o nada talentoso Sean Anders que tem no curriculum coisas como Esse é Meu Garoto, Quero Matar Meu Chefe 2, Sex Drive. Nenhum deles digno de nota.

Só está estreando nas salas esta com´rdia 1) porque o coastro é Mark Whalberg que tem uma boa audiência no Brasil, apesar de ter sempre a mesma cara, nenhuma versatilidade e se esforçar em ser forte e durão. Coisas que certo público gosta; 2) a comédia pretende ter um apelo mais forte para crianças porque em outros tempos poderia ter sido estrelada por Arnold Schwarrzernegger ou mesmo Dwayne Johnson. Mas nenhum deles teria o jeito patético no bom sentido de Ferrell, um cara grandão, meio bobão mas sempre bom sujeito como aqui quando faz um locutor de rádio musical dirigida por amigo (Haden) e quer dar tudo para seus enteados um casal já que não poderia ter filhos (esse é um segundo tema da trama). Então tudo que trama é para agradar as crianças, chegando a exageros que pretendem ser engraçados. O problema é quando aparece o verdadeiro pai, um simpaticão motoqueiro, que é irresponsável, mas tem uma enorme sorte com tudo e mesmo desinteressado nas crianças, passa a ser um perigoso rival. O pior é que é simpático e todo mundo gosta dele. O que vai levando o herói ao exagero e absurdo.

A comédia é isso, engraçado que mesmo sendo curta eu sofri muito para passar o tempo, a história não corria, ia aos tropeços. Mas o problema é esse mesmo, tem que gostar de Ferrell para curtir a trama e as situações.