Selecionado como finalista de filme estrangeiro no Globo de Ouro e candidato ao Oscar, este filme é um caso estranho de uma história totalmente turca que é um filme francês e mesmo assim a Academia o aceitou para representar a França este ano! Ganhou também em Cannes um prêmio especial para filme europeu. E descoberta do ano no Europeau Film Award. O Liberdade de Expressão do National Board of Review. Também finalista no Independent Spirit Award. E prêmios variados em Valladolid (levou tudo), Thessalonik, roteiro em Estocolmo, Sevilha, Sarajevo (filme e atrizes), Sakhalin, Filadélfia, Hamburgo, Odessa.
Como a Turquia tem estado com frequência nos noticiários por causa de conflitos com kurdos e russos, a gente se espanta menos com este drama que os americanos quiseram comparar com As Virgens Suicidas, o melhor filme de Sophia Coppola. Passa-se numa remota região do país, na vila de Kastamonou, norte do país, e narrado por Lale, a mais jovem das cinco irmãs, que tem que aceitar seu destino e futuro, com casamentos arranjados pela família. É interessante também não ser um dramalhão óbvio, mas um filme doce e até ha momentos engraçados. Apesar do nome é dirigido por uma mulher, atriz, formada pela Fémis e que antes tinha realizado apenas curta metragens. Certamente feminista nunca pesa na mensagem, apenas retrato os fatos de maneira bem poética, muito ajudado por um elenco encantador (aliás o título nacional se ajusta a isso). Houve outros filmes sobre o tema que acabavam sem conclusão ou mal. Aqui ao menos deixa uma esperança...