Crítica sobre o filme "Body":

Rubens Ewald Filho
Body Por Rubens Ewald Filho
| Data: 16/12/2015

Este é um estranho filme polonês que ganhou o prêmio de direção no Festival de Berlim deste ano, além de prêmios locais (de melhor filme, som, estreante Justyna, ator Gajos). A diretora parece ter muito prestigio lá fora, em 2013 com W. Immie.../In the Name of, premio Gay, foi finalista do European Film Award (com Ono, 2004, e em 2000, Szczesliwy czlowiek). Prêmio Especial do Júri em Locarno (33 sceny z zycia/ 33 scenes from Life,2008). Quase nenhum deles passou comercialmente aqui, o que torna difícil analisar melhor sua obra. O único que lembro de ter tido pequena carreira foi Elles (Idem, 2011, com Juliette Binoche). O filme tentava nos fazer convencer que uma jornalista da famosa revista Elle fica tão impressionada com a matéria que esta escrevendo sobre duas jovens prostitutas que se deixa balançar, reavaliando sua vida conjugal de muitos anos com o marido e dois filhos. Apesar da grande Binoche não me convenceu.

Aqui achei a melhor coisa do filme a sequência inicial quando policiais chegam a floresta, onde um homem se dependurou numa árvore se suicidando. Cortam a corda e ficam discutindo o caso e custam a perceber que o enforcado se levanta, sem explicações e vai embora caminhando... Sem dúvida, uma abertura original mas que não reflete o que será o filme, naturalmente lento e cansativo. Basicamente seria sobre um bem sucedido advogado que está muito preocupado com sua filha anoréxica Olga, que rejeita tratamentos porque ainda está em crise e pensa em se matar, porque não superou a morte de sua mãe. Uma psiquiatra que também tem problemas pessoas tenta ajudá-la...

Tem momentos que parece ser uma comédia de humor negro, com criticas a sociedade, mas é frio, mal resolvido e se torna quase irritante.