Somente para o público de arte é este bizarro e indigesto drama americano feito por emigrantes persas (do Irã) que estão vivendo nos EUA e embora a história se passe no Oriente, na verdade foi rodado na cidade de Taft, durante 24 horas e em preto e branco. Expande um curta metragem da mesma diretora (que ele fez em 2011, com Manesh e Rains já no elenco). Ganhou os prêmios de revelação em Deauville, Gotham e Havai, além de ter sido indicado para o Independente Spirit, de diretor revelação, fotografia e filme de estreante. E no festival fantástico de Sitges Espanha, outra vez diretora revelação e filme jovem.
Quem me conhece depois de tantos anos escrevendo cinema sabe muito que não aprecio muito este gênero nem esta proposta, nem justifica o fato de ser o primeiro filme de vampiro feito por iranianos. Mas não gosto de ser radical. O filme estranho e vazio deve muito aos trabalhos iniciais de Jim Jarmush (um daqueles que foram consagrados ainda nos anos 80 para hoje já estar esquecido!), principalmente pelos enquadramentos e o p/b. Seria um vampiro feminista de baixíssimo orçamento e passado na fictícia na desolada cidade industrial chamado de Bad City, de fato situada no San Joaquin Valley.
A noite perambula pela cidade uma vampira, Girl (Vand) que anda pelas ruas desertas procurando uma vitima. Como um anjo vingador, coberta de panos, ela ataca um traficante de drogas cheio de tatuagens (Rains) e um mau pai viúvo e drogado Hossein (Manesh). Mas conhece também o filho deste, que esta vestido de Dracula ao sair de festa a fantasia. Será uma forma de amor? De qualquer forma também circulam um garoto mal educado (Milad Eghbali) e uma prostituta ja Madura ( Rome Shadanloo). E para completar a confusão, a trilha musical é com rock persa e ainda um gato chamado Masuka.