Crítica sobre o filme "American Ultra: Armados e Alucinados":

Rubens Ewald Filho
American Ultra: Armados e Alucinados Por Rubens Ewald Filho
| Data: 25/11/2015

Este foi um dos pioneiros na safra de desastres de bilheteria nos EUA (não rendendo mais de 14 milhões de dólares para um orçamento de 28). Isso apesar do seu elenco de prestígio demonstrando que ninguém atualmente é atração de bilheteria e capaz de levar só pelo nome multidões ao cinema. Embora esquisito o filme não me pareceu tão ruim, considerando que é para viciados em maconha e que tais (para promove-lo, a Lion´s Gate chegou a dar mostras de maconha para os frequentadores da feira da Comic Con de San Diego). Jesse que dizia não entender muito do assunto viveu uns tempos com o primo que era ávido consumidor. Uma Thurman ia fazer o papel principal mas foi substituída por Sharon Stone e depois Connie Britton da série Nashville no papel da agente que tenta proteger o casal. O título se refere a uma pesquisa secreta da CIA chamada MK (Mind Control), que existiu entre 1953 e 73, Ultra porque era Top Secret. O filme ganhou o apelido lá fora de Stoner (drogado) Bourne (referindo a série e o fato do diretor Liman fez o primeiro filme e se passa aqui na fictícia cidade de Liman). O roteirista Max Landis é o mesmo de Victor Frankenstein que também esta estreando por estes dias. E recém revelado com Poder Sem Limites. Nima, o diretor, é iraniano, filho de jornalista da Voz da America e fez antes o Projeto X: Uma Festa Fora de Controle.

Fica claro então para quem é endereçado o filme. O New York Times previne que é menos comédia do que pode parecer, ficando mais na categoria de action-adventure. Jesse é Mike, um empregado de um mercadinho, Kristen, como ruiva falsa, é sua namorada Phoebe, com quem pretende se casar. Só que está quase o tempo todo maconhado, já não tem mais memória e vive numa cidadezinha no West Virginia. Não recorda que é um sobrevivente de uma experiência da CIA para criar super agentes, até quando um sujeito da agência (Topher) resolve limpar o portfólio e manda eliminá-lo. Só que isso o faz lembrar do antigo treino e o rapaz reage com inesperada eficiência (a ideia não é nova e está também na série atual Blindspot. Aliás o filme começa com uma montagem ultra rápida de ação que lembra justamente séries de TV). O elenco tem umas caras conhecidas, as cenas de ação são explosivas e ocasionalmente divertidas. Nem a falta de expressão da dupla central é tão grave. Só que, pelo jeito, consumidores de maconha não frequentam mais as salas de cinema.