Crítica sobre o filme "Dois Homens Contra uma Cidade":

Rubens Ewald Filho
Dois Homens Contra uma Cidade Por Rubens Ewald Filho
| Data: 05/11/2015

Esta é a refilmagem oficial de um bem sucedido drama francês do diretor e roteirista José Giovanni, que aliás usa o mesmo titulo em português que não é tão adequado nesta versão homônima. O filme se chama Deux Hommes dans la ville, 73 estrelado por Alain Delon, Jean Gabin, Michel Bouquet, Minsy Farmer. Foi também um grande sucesso e provocou polêmica porque  era uma critica e condenação a pena de morte, coisa de que o diretor entendia porque ele mesmo havia sido condenado a morte e passou longo período na cadeia.

Quem realizou esta nova versão, que chegou inclusive a participar como concorrente no Festival de Berlim, foi o mais famoso e respeitado diretor de origem árabe na França, que é Rachid Bouchareb, famoso por filmes como Dias de Glória, 06, Destinos Cruzados, 09 - que era também com a inglesa Brenda Blehtyn que esta excelente aqui, mais velha e sempre humana no papel da agente da lei que tenta ajudar o prisioneiro a se reabilitar - e Simplesmente uma Mulher, 12, com Sienna Miller.

Pena que esteja longe de ser seu melhor trabalho. O filme é longo, lento, mal roteirizado e desperdiça um elenco excelente. Não dá para entender muito como Ellen Burstyn tão branquela é a mãe de Forest, mas de qualquer forma em sua participação tão pequena ela continua excepcional. Na história embora continue a existir a rivalidade entre o xerife que deseja vingança (eu não gosto de Harvey Keitel e ainda mais envelhecido parece ter ficado menos convincente) e o prisioneiro que parece querer se reabilitar, ele se torna mulçumano. A Emily ( Brenda) de verdade tenta ajuda-lo, mas ele é esquentado, insiste em ter um romance com uma latina bancária e provoca a presença de um ex-companheiro de crime (Guzman).

Não há necessidade das belas paisagens desérticas porque falta ação, o conflito é mal estruturado e a pior coisa que o final aberto e precoce. Forest se esforça muito mas de fato seria melhor assistir uma reprise do original.