Tenho reclamado do excesso de distribuidoras que acabam tendo prejuízo quando trazem filmes menores que somem depois de uma semana. E que tem pouca chance de serem descobertos como este aqui, que para começar acontece num universo paralelo! Mas é basicamente uma história de amor feita por um diretor estreante em longa que ficou meio famoso como o criador da série de TV americana Mr. Robot (que também achei confusa e bizarra) e que há alguns tem um caso com a atriz Emmy Rossum (O Fantasma da Ópera) que naturalmente estrela o filme. Numa comédia romântica-dramática, que tem pretensões de ser uma “Love story” cósmica que se passa durante seis anos, nas idas e vindas desse casal (o rapaz é Justin Long). Os dois se encontram por acaso, o cínico Dell e a esperta Kimberly, enquanto o filme vai e vem no tempo como se fosse um quebra cabeças. A partir de uma chuva de meteoros em Los Angeles, um encontro num quarto de hotel em Paris, uma ligação fatal de telefone. O diretor diz que é uma história de amor cósmica!
Muito influenciado por 2001, uma Odisséia no Espaço, Persona e Eterno Brilho de uma Mente sem Brilho (Variety disse que era uma mistura de Annie Hall com Inverno de Sangue em Veneza!). A história já começa quando Dell (Long)fica sabendo que sua mãe tem câncer mas ele tem a tendência de falar demais. Logo depois Kimberly (Emmy) o salva de ser atropelado no Cemitério de Hollywood onde foram ver a chuva de meteoros. Ela tem um encontro com outro (Eric), um bonitão que odeio Nova York e os Beatles, portanto não é um rival digno de nota. Mas o filme já pula para um momento em que ele já se separaram e lembram-se de um hotel em Paris. Eventualmente teremos uma visão das diversas fases do romance ainda que fora de ordem. Dali em diante ficamos sabendo que Dell admite ter sido diagnosticado com personalidade narcisista enquanto Kimberly não ganhou do namorado as cenas ou características que a tornariam mais interessante. Mesmo que o casal seja simpático, ela em particular. Alguns acham até que há química entre eles. Parece que o filme fica procurando um modelo na linha dos trabalhos de Richard Linklater, complicando com sugestões de que tudo aquilo poderia ser um sonho, uma premonição ou realidade alternativa. Mas o filme nunca vira fantasia ou ficção cientifica. Ainda assim e não achando necessidade em se aprofundar, é capaz mesmo de que haja um certo público romântico que possa embarcar nele.