Crítica sobre o filme "Dragon Blade":

Rubens Ewald Filho
Dragon Blade Por Rubens Ewald Filho
| Data: 17/09/2015

Este foi um enorme sucesso de bilheteria na China, onde teria rendido mais de 120 milhões de dólares (para um orçamento de cerca de 70 milhões de dólares) e marca o retorno de Jackie Chan como produtor, astro, coreógrafo de lutas (ele andou meio fora de cartaz mas deve retornar em Karate Kid 2 e novo Rush Hour). Aos 61 anos continua em forma, ainda que desta vez num épico pretensioso que aborda um assunto muito raro, um pequeno exercito que tem a missão de patrulhar a Chamada Estrada da Seda (por onde viajam comerciantes do mundo inteiro) e que está sendo ameaçada por um corrupto e sanguinário líder Romano Tiberius (Adrien Brody, fazer um super vilão) que combate um grupo de elite romano liderado por General Lucius (John Cusack). Na verdade, o filme começa com um prólogo e conclui novamente com um casal de exploradores cientistas que estão usando maquinário moderno para localizar onde existiria uma lendária e brilhante cidade perdida. Volta-se então a figura de Huo Na (Chan) que lidera um grupo de guerreiros treinados que enfrentam uma legião de romanos. Em flash backs, mostra-se o que sucedeu nos bastidores de Roma, mas o que importa mesmo são os lutadores de 36 etnias diferentes que enfrentarão Tiberius.

Quem escreveu e dirigiu o filme foi Daniel Lee, que trabalha com Jackie desde Máscara Negra (96), mas poucos trabalhos deles passaram aqui (Agentes de Elite, 05 e Os Três Guerreiros – A Ressurreição do Dragão (08). Ele consegue ainda inventar lutas bem humoradas, sem excesso de violência mas não se machuca tanto quanto em filmes mais leves. Este pretende ser grandioso, com uma trilha musical com enorme coral, frases frequentes louvam a amizade entre nações e uma narrativa nem sempre fluente. É mais um filme grande do que um grande filme.