É difícil não se ter simpatia por um filme que foi realizado por gente de uma família que a gente conhece há décadas e admira seu fervor pelo cinema, que passou de pais para filhos. O pai é o veterano diretor Geraldo Moraes, a mãe Mallu Moraes, atriz e produtora (hoje separados) e os dois filhos, Bruno Torres, que começou como ator infantil, depois se tornou intérprete competente como sucede alias aqui, onde tem bons momentos e o filho mais velho, André Moraes, que fez 4 curtas, tem 31 créditos como compositor de cinema, 3 como ator (esteve em Os Desafinados de Walter Lima Jr e Cazuza).Este é seu primeiro longa.
É evidente que ele trabalhou com um orçamento extremamente limitado e com a ajuda de amigos no elenco (Deborah na época namorava o irmão dele Bruno. Mas alguém devia ter dado a estrela convidada uma maquiagem mais adequada!). E que o título de comédia foi colocado para dar mais possibilidades comerciais, porque no fundo é uma versão brasileira daquelas aventuras de estrada, road movie, passado no deserto, influenciado por Tarantino e muitos outros. Nada errado nisso. O enredo mostra um grupo de amigos que esta fazendo um filme que esperam que venha a ser um imenso sucesso. Só que isso não acontece por razões nunca muito bem explicadas, mas anos depois eles se reencontram e pretendem retomar um projeto usando armas reais e uma câmera moderna, talvez criada por algum polonês genial, que permite que eles saiam realizando assaltos de verdade. E de repente há um propósito por trás de tudo que não vou contar... Mas que será o cerne da história e razão de todo o filme que desmascara os verdadeiros vilões. Não é nenhuma obra-prima nem pretendia. Ah, e não tem a Glória Pires em ponta como esta na moda!!!