Crítica sobre o filme "Você Acredita?":

Rubens Ewald Filho
Você Acredita? Por Rubens Ewald Filho
| Data: 03/09/2015

Parece lógico que as Igrejas e os pastores protestantes financiem filmes religiosos para atender a demanda de seu publico especifico, que demonstrou, por exemplo, com a Paixão de Cristo feito por Mel Gibson, que existe um público fiel e fervoroso para esse tipo de diversão. Embora tenha sido difícil de aceitar o caso recente do sucesso de O Céu é de Verdade (14), que contava a historia de um menino que sofre acidente e volta a si dizendo que esteve no céu e passou por uma experiência de vida após a morte. O filme correto foi um enorme êxito mas tivemos o desprazer de descobrir que era falso, o menino confessou ter inventado toda aquela história!

Aqui a proposta é mais modesta. Conseguiram reunir um numero pequeno de astros que já foram famosos e hoje estão muito velhos e com aparência de doentes. Junto com outros desconhecidos, para contar uma história que é realmente um sermão, provocado por um pastor que vendo a dificuldade que todos vivem em Nova York, que eles deveriam ter mais confiança e devoção à Cruz de Cristo! Então se cruzam histórias de uma dúzia de protagonistas, certamente crentes que encontram pessoas boas e generosas que lhes oferece abrigo e ajuda, como se isso fosse tão simples ainda mais numa cidade como aquela. A vencedora do Oscar deve estar tendo problemas com trabalho para aceitar o personagem tão ingrato de uma mãe sem lar que tenta cuidar da filha esperta e faladora. Mas tem um casal que perdeu a filha e não se conforma com isso, um traficante de drogas que pensa em se reabilitar, uma jovem que tentou se suicidar, um médico (Astin, de Senhor dos Anéis) descrente, e assim por diante.

O filme é morno e não exagera no sermão e tem um final muito forte, quando acontece uma sucessão de trombadas numa ponte, onde ao menos mantém um impacto. Só interessa o seu público alvo. O diretor fez antes aquele simpático semi documentário Meu Encontro com Drew Barrymore, 04 e o poético De Coração Partido, 09. Um detalhe curioso: não sabia disso mas na indústria do cinema evitam usar títulos com ponto de interrogação porque traria má sorte ao filme. Este aqui rendeu nos EUA perto de 13 milhões, o que é pouco para sua proposta.