Crítica sobre o filme "Sexo, Amor e Terapia":

Rubens Ewald Filho
Sexo, Amor e Terapia Por Rubens Ewald Filho
| Data: 21/08/2015

Tenho especial simpatia pela diretora Tonie Marshall porque ela é filha da lendária estrela do cinema Frances Micheline Presle (ainda viva, aos 93 anos, ela faz figuração cruzando uma rua) e fez alguns bons filmes (Instituto de Beleza Venus, os outros não foram exibidos aqui). Mas infelizmente ela errou completamente nesta comedinha sem graça, moralista, mal roteirizada e muito curta.

É uma famosa canção francesa que lhe deu o título original, mas este era um projeto que ela não devia ter assumido. É a historia de Judith, uma mulher de quarenta anos (a sempre bela Sophie Marceau) que é ninfomaníaca e perde seu emprego depois de transar com um excesso de empregados da loja. É quando conhece Lambert, um ex-piloto de aviação (o cantor Patrick Bruel) que é sex-addict (viciado em sexo) mas quer se curar e trabalha em grupos que procuram ajudar casais em dificuldade, principalmente casados. E ela se torna sua assistente, sendo que a maior parte das situações muito pouco divertidas, é o comportamento histérico de diferentes casais (há gays masculinos mas não femininos), enquanto inventam situações para prolongar o que já sabemos que ira acontecer apenas ao final, o encontro da dupla. Mas não se esqueçam que eles são comprovadamente doentes, mas nem assim. Nisso o filme se perde num moralismo bobo. Mas a verdade é que o assunto está mal tratado e a dupla desperdiçada. Detalhe: numa cena curta, a mãe de Bruel é feita pela cantora Sylvie Vartan.