Crítica sobre o filme "Entourage - Fama e Amizade":

Rubens Ewald Filho
Entourage - Fama e Amizade Por Rubens Ewald Filho
| Data: 20/08/2015

Nunca gostei da série homônima da HBO, que durou anos (96 episódios entre 2004-11) e foi produzida por Mark Wahlberg, porque é inspirada em sua vida e a turma que o cercava o tempo todo (esse é o sentido do que é entourage, os amigos que vivem a sua custa ajudando a gastar seus milhões e conquistar as garotas). O que explica a grande quantidade de guest stars (convidados), mas quase todos de fama duvidosa (a participação até grande da lutadora Ronda Rousey, recém famosa por aqui, é das menos ruins). Por que apreciar esses sujeitos de pouca inteligência, que passam a vida se drogando e que gastam o dinheiro alheio, já que pretende ser uma sátira a Hollywood, ou seja, Hollywood brincando com Hollywood, portanto nada é muito verdadeiro, ou profundamente critico ou especialmente interessante? Por que se interessar por esse bando de idiotas, que agem de forma irresponsável fazendo piadinhas que não interessam a gente. Na verdade, o filme que não é tão barato ( 30 milhões de dólares), não rendeu mais do que 32 nos EUA e até agora não mais do que 12 no resto do mundo! Ou seja, vai perder dinheiro para a Warner.

Que devia ter percebido que feito tantos anos depois do fim da série certamente os poucos fãs já teriam se cansado e não estavam dispostos a pagar dinheiro para ver a mesma coisa de novo. A história começaria na Europa (na verdade, as cenas de lá foram feitas na Florida) onde a turma estaria gozando a vida ate quando o duvidoso astro Vince (o magrela Grenier) sempre cercado dos três amigos, um deles irmão dele, decide voltar ao cinema dirigindo um filme muito caro, para desespero de seu antigo empresário Ari Golden, que parecia ser super mau caráter, mas tem uma presença forte na série (Jeremy Piven, que ganhou todos os prêmios). Claro que o filme atrasa e Piven agora chefe de estúdio tem problemas por isso... E o dono da grana é Billy Bob Thorton e o chato do filho dele é o agora gordinho Haley Joe Osment, de O Sexto Sentido, que está voltando ao cinema. Quando o filme dentro do filme começa a parecer uma bomba (não se sabe muito porque até os 30 minutos não se viu uma única ceninha dele!) porque iria você se incomodar com isso... A reviravolta é essa, o filme afinal seria bom, mas os financistas, ou seja, Osment, não gostam e desejam interferir e mudar tudo... O que fazer?

Meu conselho: não precisa perder tempo com um filme tão banal, que só mostra a mentira sobre Hollywood, que é decorativo nos interiores e fraco nas piadas.