Pouca gente viu no Brasil, o Escolha Perfeita que havia rendido nos EUA 65 milhões no mercado interno (mais 50 no exterior), para um orçamento de 17. Esta continuação custou 29 milhões e rendeu na America apenas 183 milhões de dólares (mais quase cem no exterior) e não é a toa que já tem previsto mais uma continuação. Numa linha semelhante a série de TV Glee, o musical fala sobre música/coro a capela, ou seja, sem acompanhamento de orquestra ou banda. Se o primeiro filme era divertido e inconsequente, esta continuação é melhor porque quem assumiu a direção foi a atriz Elizabeth Banks, que também faz o papel da apresentadora de televisão que fala barbaridades dos grupos, Banks, que você possivelmente conhece de apenas um episódio daquele horrível e grosso Para Maiores. Mas é figura carimbada de muitos filmes como Elfie Trinket, em Jogos Vorazes, Paris no atual Magic Mike XXL, Miri em Pagando Bem, que Mal Tem. Ela conseguiu um tom mais leve e divertido, me pareceu muito feminino (o filme é focado muito nesse público).
Não espere uma grande obra de arte é apenas um musical adolescente, sobre um grupo de garotas que tem boa voz e querem fazer sucesso se apresentando em concursos para cantores a capela, que alias tem shows extremamente elaborados. Há um pouco de romance, mas não a ênfase gay da série de TV, apenas a luta delas de darem a volta por cima depois de uma experiência desastrosa por causa da garota gorda do grupo (a hoje já famosa Rebel Wilson, cuja maior qualidade é a cara de pau). A estrela do filme é igualmente estranha, porque não é bonita mas tem talento e assim faz sucesso desde que foi indicada ao Oscar de coadjuvante por Amor sem Escalas, 09, e ela já tinha indicação também ao Tony da Broadway. Depois foi a Cinderela de Caminhos da Floresta e teve bons papéis em 50 por cento, Cake, na saga Crepúsculo (era amiga da heroína).
Nesta continuação há também um bem-vindo reforço na figura de Hailee Steinfeld, que foi indicada ao Oscar por Bravura Indômita dos Irmãos Coen não me convenceu mas depois deu uma virada na carreira fazendo Mesmo se Nada Der Certo, 3 Dias para Matar, um novo “Romeu e Julieta”, Ender´s Game, até o sombrio Dívida de Honra. Aqui faz a recém chegada Emily.
Na verdade não há muito o que dizer sobre o filme. Para gostar é necessário que curtam musicais, que tenham apreciado Glee e se envolvam com os problemas de um Coro de Teens (de vinte e poucos anos).