Crítica sobre o filme "Sobrenatural - A Origem":

Rubens Ewald Filho
Sobrenatural - A Origem Por Rubens Ewald Filho
| Data: 30/07/2015

O primeiro Sobrenatural (10) foi dirigido por James Wan (Jogos Mortais), o segundo Sobrenatural veio logo depois, Capitulo 2, em 2013, e foi dirigido por Wan novamente. Agora este terceiro ficou nas mãos do ator (ele é um loiro australiano que faz no filme o papel de Specs). Só que depois de ter escrito os três roteiros pela primeira vez também assume o cargo de diretor. Que é antes de tudo uma prequel, que se anuncia alguns anos antes do caso com a família Lambert, um prólogo aos outros, se passa em 2008, os outros em 2009 e 2010. Wan estava ocupado fazendo Velozes e Furiosos 7, um mega sucesso. Este aqui ainda fez uma boa carreira, teve orçamento de 10 milhões de dólares, e rendeu perto de 52 milhões.

Uma coisa interessante é a presença de esta vez estrelar da veterana Lyn Shaye, que já tem 180 créditos, inclusive como a velha estragada pelo sol em Quem vai ficar com Mary? E também nos dois Sobrenatural anteriores e ainda no clássico A Hora do Pesadelo (I). Aqui ela já surge no comecinho do filme quando é visitada pela menina jovem, Quinn (Stefanie) que a procura como vidente, porque sua mãe morreu há ano e meio. Relutante, ela aceita atende-la. E o nome da mãe é justamente Lillith Brenner (um nome já com conotações diabólicas). Mas dali em diante, custa um pouco a engrenar, apresentando o pai e o chatinho do irmão mais novo e ainda o vizinho que é meio apaixonado por Quinn. Mas logo vem o impacto e a menina é atropelada e enviada para um hospital, não sem antes ter visto um velho lhe acenar de longe... Enfim, em breve o espírito da mãe ou coisa que o valha será invocado pela velha vidente e fará duas aparições mais ou menos assustadoras (o mais curioso são as pegadas de pés descalços mas molhados de algo como sangue).

Tem uma coisa melhor do que outros filmes do gênero, que é a presença da veterana Lyn que não esconde a felicidade de fazer finalmente um papel principal, que ela interpreta com muita dignidade. Depois de uma série de ataques com fantasmas, o filme muda de tom e contratam um grupo de caça-fantasmas (um deles é interpretado pelo diretor do filme) sugeridos pelo caçula que os viu na TV. Trazem um pouco de humor de que o filme carece, mas tudo chega a uma conclusão lógica, bem feita e que não desmerece os Sobrenaturais anteriores, inclusive com o final de praxe. Sem muita expectativa, achei um terror perfeitamente consumível.