Raramente se viu um filme comercial de Hollywood ser tão massacrado pela crítica como esta aventura que foi coproduzida pelas duas estrelas. Mas foi também uma decepção de bilheteria (custou 35 milhões de dólares e não rendeu mais do que 34!).
Difícil encontrar um roteiro tão ruim, tão curto, tão infeliz quanto este feito por dois sujeitos que vieram das comédias da televisão. Ele tinha para se inspirar em muitos filmes do gênero, amigas em fuga, começando pelo clássico Thelma e Louise, ou até filmes de Bette Midler (Que Sorte Danada...) ou imitações de ambos. Ou seja, duas mulheres que mal se conhecem, ou se detestam, que por uma série de circunstâncias têm que se unir para fugirem de um mau maior, no caso não apenas a polícia corrupta, mas um super bandido chefe de tráfico mexicano.
A ideia de reunir dois tipos tão diferentes não é ruim. Reese faz um policial chata e incompetente, que sem querer se vê envolvida em proteger uma latina que sabe demais e por isso esta ameaçada de morte (feita pela colombiana Sofia da série Família Americana). E nem filme de estrada consegue ser. Já balzaquiana Sofia é engraçada num estilo que lembra até mesmo Carmen Miranda. Mas por alguma razão elas não combinam nada, ainda mais quando são obrigadas a fazerem cenas ridículas (como beijos e abraços para enganar a policia!). E tudo de forma histérica, gritada. A diretora Fletcher é uma coreógrafa que já fez coisa muito melhor (A Proposta, Vestida para Casar). Ao final como em tantas comédias ruins, nos letreiros colocam as cenas que não deram certo. Na verdade, todo o filme é um desacerto totalmente descartável. Reese que há pouco se deu tão bem em Livre não podia ter entrado nessa.