Crítica sobre o filme "Máquina, A":

Rubens Ewald Filho
Máquina, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 11/06/2015

Um titulo nacional pouco atraente e um americano mentiroso e sugestivo demais. Esta é uma aventura de orçamento mediano que nem passou em nossos cinemas, sinal da decadência de Bruce Willis que nem sequer é o protagonista. Essa missão cabe a Thomas Jane (mais lembrado pela serie da HBO “Hung”), que parece mal tratado e cansado, na história de um milionário Julian Michaels (Willis) que criou a resort definitiva chamada Vice: onde qualquer um pode realizar suas fantasias mais ousadas ou esdrúxulas.

Com personagens artificiais mas que parecem e se comportam e se sentem como humanos. Uma delas, Kelly (Ambyr, veio da novela All my Children, fez O Mestre e Caça aos Gangsteres) descobre a verdade e tenta fugir mas acaba ficando no meio do conflito entre o mercenários do lugar, e um policial, Roy (Jane) que esta disposto a fechar o lugar. O mais interessante do filme é que foi rodado em lugares pré-existentes, ou seja edifícios tão modernos e arquitetonicamente ousados que passam por fantasia (como virou moda de Alphaville de Godard). No caso em Mobile, Alabama.

Entre robôs e inteligência artificial, e menos vicio e excessos do que o titulo original faz pensar. Sem qualquer proposta mais ousada ou mais política, mistura outras ideias de outros filmes (entre eles, Robocop, Westworld etc.) e resulta apenas um descartável mas não horrível filme de ficção cientifica/ação. O diretor fez antes outros do gênero, como O Príncipe com o mesmo Willis e Rastros de Violência com Stephen Dorff.