Crítica sobre o filme "Incrível História de Adeline, A":

Rubens Ewald Filho
Incrível História de Adeline, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 19/05/2015

À primeira vista parece ser uma versão feminina de O Curioso Caso de Benjamin Button, que num primeiro momento atraiu certo público (chegando a render 37 milhões de dólares) e parece ser a confirmação de estrelato de Blake Lively (revelação da série de TV Gossip Girl, e nos dois filmes, Quatro Amigas e um Jeans Viajante, que não marcou tanto em filmes como Lanterna Verde, Os Selvagens, Atração Perigosa/The Town). É casada com Ryan Reynolds. O diretor jovem fez The Vicious Kind, Celeste e Jesse para Sempre. E uma atração é o fato de que este é o primeiro filme americano do holandês Michiel Huisman, revelado como Daario Naharis, em Game of Thrones.

Não acredito, porém que além do público feminino, qualquer macho da espécie seja suficientemente romântico para consumir o filme com um mínimo de boa vontade. Se entrar por engano, sairá bufando (até porque não tem qualquer efeito especial como Button) é apenas uma assumida história de amor que atravessa anos e gerações para se realizar. Quem perguntar agora "e por que não?", então sem problemas, este é o filme de seus sonhos. Um orçamento moderado e uma narrativa sem invenção, para contar o romance de uma garota chamada Adeline, que tinha uma vida feliz, quando perdeu o marido que era engenheiro da Ponte de San Francisco. Mas quando está fazendo uma viagem de carro pelo interior da Califórnia, começar a nevar, um fenômeno muito raro naquele lugar e já esta morrendo afogada quando há uma espécie de milagre dos céus (nada de religioso), uma série de circunstâncias conspiram para ela ressuscitar. Assim continua a ter uma vida discreta e de nomes diferentes, É quando o filme da uma derrapada (já nos tinham contado tudo que sucedeu antes numa espécie de noticiário/documentário de cinema) e ela encontra novo interessado. Não há grandes conflitos, nem com a filha que é uma velha agora (Ellen Burstyn), nem com policia ou coisas do gênero. Chegam mesmo a fazer o milagre repetir-se outra vez. O único constrangimento é que o novo namorado, estranha coincidência, é filho de um ex-namorado dela (há um breve flash back), que agora é o velho e barbudo Harrison Ford.

Não é mesmo lindo, o amor as vezes ainda vencer? Pois é, é esse tipo de filme eterno para esse tipo de mulher que felizmente ainda existe.