Crítica sobre o filme "Pátio em Paris, Um":

Rubens Ewald Filho
Pátio em Paris, Um Por Rubens Ewald Filho
| Data: 14/05/2015

O diretor roteirista Pierre Salvadori tem uma carreira em comédias que tem sido exibidas aqui como Amar Não Tem Preço (06) e Uma Doce Mentira (10) com Audrey Tautou e agora com a presença da veterana e indestrutível Catherine Deneuve, que fará setenta e dois anos em setembro (que aliás por este filme chegou a ser indicada ao Cesar deste ano!).

Trata-se de uma comédia melancólica, quase dramática mais endereçada aos com mais de quarenta anos sobre um músico/cantor de rock que abandona a profissão e apático aceita trabalhar como guardião/zelador/Concierge de um prédio de apartamentos parisiense. O papel é de Gustave Kervern (não o conheço bem embora tenha longa carreira de roteirista e ator, em filmes que pouco foram vistos como aqui como Mamute, com Depardieu, coadjuvante em E Se Todos Vivêssemos Juntos?) e que é natural da Ilha de Mauritius que fica no Oceano Indico. Faz o tipo grandão e inexpressivo, que da a impressão que é incapaz sentir qualquer coisa. Quando vai trabalhar como jardineiro, se torna mais acessível, amável, mas de olhar triste. Antes de se refugiar nas cervejas e cocaína, que conduz a insônia.

Parece que a intenção do diretor é retratar a natureza humana com alguns personagens mais divertidos e saborosos. Embora a atenção vá para Mathilde (Catherine fazendo-se de frágil), também sofrendo de insônia, e que parece ser uma alma gêmea. Parece que o diretor esta dizendo que temos que enfrentar nossos próprios medos, nossas falhas. Evitando paranoias, numa história sobre a loucura, a idade e a amizade.