Crítica sobre o filme "Dia Difícil, Um":

Rubens Ewald Filho
Dia Difícil, Um Por Rubens Ewald Filho
| Data: 29/04/2015

Nem Hong-Kong tem feito mais aqueles policiais brilhantes, surpreendentes e violentos que influenciaram Tarantino e revelaram John Woo. Os Coreanos chegaram a revelar o excepcional Park Chan Wook, de Old Boy, que demonstrou seu notável talento quando esteve há dois anos na Mostra de São Paulo, mas não fez mais nenhum longa desde 2013!

Na falta de alguém mais representativo o festival de Cannes do ano passado, na verdade na Quinzena dos Realizadores, resolveu reabrir o espaço que tinha para o gênero ação oriental. E o filme escolhido foi este aqui, como A Hard Day, que por causa disso teve circulação internacional. Mas fique prevenido, é divertido, mas tem menos violência e sangue (gore) dos que de antigamente, na verdade não chega aos pés dos clássicos de uma ou mesmo duas décadas atrás.

Mas quando não se tem o cavalo que deseja, vai se assim mesmo a pé com este filme bastante caprichado visualmente, pouco original na história que rescende aos Irmãos Coen. Um policial sem sorte que tem um dia difícil, ou uma noite para começar, onde tudo dá errado. Está indo para o enterro de sua mãe (ao mesmo tempo que a mulher lhe passa os papeis de pedido de divórcio). Seus colegas estão sendo investigados porque estariam roubando! Mas no caminho do velório, já noite, ele tenta evitar atropelar um cachorro e acaba matando o que parece ser um vagabundo. Como tem polícia por perto, coloca o corpo no seu carro e depois de muita confusão consegue esconder o cadáver no mesmo caixão que sua mãe... Mas tem alguém o observando que começa a ameaçá-lo,no que vai resultar numa luta continua que irá durar a meia hora final.

Não há muito a dizer do elenco ou da direção (é apenas o segundo longa do realizador que é também roteirista) a não ser que fazem um trabalho competente e parecem promissores. Mas ainda estão longe dos mestres.