Já me perguntaram: é outro daqueles filmes de Liam Neeson na linha da trilogia Busca Implacável? Sim, não há a menor dúvida disso, ainda que a produção não seja do mesmo Luc Besson que foi quem teve a ideia de chamá-lo para esses thrillers de ação, cujo êxito acabou transformando-o em astro do gênero. Este foi realizado por um diretor espanhol muito competente, Jaume (com quem Liam fez Sem Escalas (Non-Stop, 14), Desconhecido (11). Curiosamente não funcionou nos Estados Unidos, onde rendeu bem menos do que a média do ator (apenas 26 milhões de dólares! Mais 28 milhões no exterior. Isso parece ser prova de que o público do ator não o aprovou). Uma curiosidade: Nick Nolte tinha um papel mais importante no filme mas na versão final acabou sendo reduzido a uma única aparição, sem crédito.
Apesar disso, o filme me pareceu competente, dirigido com tensão e suspense, apesar de um roteiro que não consegue fugir dos clichês, os rivais diante a lei, os problemas com os filhos marginais e bandidos e a figura tradicional do pistoleiro decadente no caso chamado Jimmy Conlon, que tem apenas uma noite para se reabilitar e resolver seus problemas e escolher que lado tomar. Seu filho Mike (o mal encarado sueco Joel Kinnaman, que francamente não guardei mas era o Robocop de Padilha. E astro da série deTV The Killing) com quem não se dá, está com a vida em perigo, o melhor amigo o chefe de quadrilha Shawn (o sempre bom Eddie Harris) quer que ele agora pague pela morte de seu próprio filho. Passado em Nova York (com destaque para o Madison Square Garden), assinala o perigo da carreira de Neeson como astro se perder e a necessidade de encontrar novos papéis e desafios.
Apesar desses reparos, assisti o filme com atenção e interesse.