Crítica sobre o filme "Prazeres Mortais":

Rubens Ewald Filho
Prazeres Mortais Por Rubens Ewald Filho
| Data: 22/04/2015

Um curioso filme B estrelado por vários galãs de origens diferentes. Começa bem, se perde um pouco, mas apesar disso serve de passatempo masculino em VOD. Cinco rapazes casados mas ainda jovens conspiram para compartilhar uma cobertura, um elegante e moderna penthouse, onde podem realizar suas fantasias sexuais mais loucas. Mas tudo se torna um pesadelo quando é encontrado lá um corpo de mulher e um deles só pode ser o culpado. O curioso do filme é que foi realizado por um certo Erik, belga de sucesso comercial, que realizou também a primeira versão, o Loft original (que tinha também o Matthias de A Entrega e Bull). Ele ainda é o filme de maior bilheteria na Bélgica, com 1,2 milhão de espectadores. Mas não ficou por aí, em 2010 tem uma refilmagem holandesa (que foi iniciada por uma mulher Antoniette Beumer, mas ela a substituiu quando teve um acidente grave).

Outro detalhe: esta versão foi rodada entre junho e julho de 2011, mas lançada nos EUA só em janeiro de 2015. Rosamund Pike, Patrick Wilson e Tobey Mcguire iam estar no elenco. Custou 14 milhões de dólares e rendeu quase 6! Apesar do elenco atraente e um visual interessante o filme tem um diálogo infeliz e personagens previsíveis, como o suave arquiteto Urban, o psicólogo ingênuo Marsden, o tímido Wentworth e seu meio irmão de cabeça quente (Matthias), sem esquecer o gordinho chato e infeliz (Stonestreet). Mesmo a trama é complicada com excesso de flashbacks, álibis, traições, drogas, drogados, chantagem política, traumas de infância, mulheres fatais, insinuações homoeróticas e pistas falsas fazendo com que se tenha saudade dos mistérios de Agatha Christie.