Indicado oficialmente pela Hungria para o Oscar de filme estrangeiro teve menção especial no Festival de Chicago, outra no Festival de Haifa, Premio Krystal em Karlov Vary, Prêmio do júri jovem em Los Arcs Film Europe.
Apesar de seu diretor não ser muito famoso (nenhum deles passou comercialmente aqui) o filme aborda um tema super explorado, as crianças como vítima da Guerra, em especial no final da segunda. Não crianças judias, mas uma dupla de gêmeos (vividos justamente por 2 deles, bonitos e eficientes) cujo nome nunca chegamos a saber. Tem 12 quando o filme começa no verão de 44 e 13 quando termina no verão de 45.
Antigamente os filmes do gênero, em particular os soviéticos tinham uma fotografia rebuscada belíssima que ate atrapalhava ao narrar fatos tão trágicos e vidas tão duras. Talvez o maior problema seja que o espectador comum, ainda mais o brasileiro não tem a menor ideia do que sucedeu na Guerra pelos lados da Hungria, que era aliada a força dos nazistas (eles tentaram fazer a paz com os aliados mas não conseguiram) então foram atacados pelos soviéticos, que era famosos como estupradores impiedosos.
Para garantir a segurança dos garotos os pais lhe mandam da avó que vive numa pequena fazenda no interior. O problema é que a velha não vê a filha a mais de vinte anos e não tem boas lembranças dela. É uma mulher fria e má, chamada na vila como a Bruxa. Chama eles de bastardos (não o são) e eles vêem a mãe e a Irma pequena serem vítimas de uma explosão e morrerem. E o pai morrer quando atravessa um campo minado. Nos dois casos provavelmente por culpa dos garotos. Mesmo assim não viram monstros, chegam a ajudar a velha e o final consegue ser inesperado.
Naturalmente não é um filme fácil mas a guerra nunca é. Eu o assisti duas vezes e depois mais um trecho de novo. A tragédia da guerra raramente foi mostrada com tanta agrura e simplicidade.