Crítica sobre o filme "Frank":

Rubens Ewald Filho
Frank Por Rubens Ewald Filho
| Data: 16/04/2015

É interessante como se ainda produzem filmes inusitados e excêntricos como este aqui, fadados a não ter muito sucesso (este não consegui mais do 600 mil de bilheterias americanas). Mas que podem virar Cult e agradar um público mais particular. Inspirado em matéria de jornal e vagamente em fato real, seria sobre um personagem criado por um humorista britânico chamado Chris Sievey, que criou um homem com uma cabeça redonda e grande de madeira a que deu o nome de Frank Sidebottom (1955-2010) aparecendo em muitas séries de TV britânicas.

Aqui a história é narrada por um jovem irlandês (Gleeson, filho de Brendan Gleson, que veio de Harry Potter, Invencível e Questão de Tempo). Ele é estudante desajustado que se acha músico e meio sem querer vai parar na América, onde irá fazer parte de uma banda que está preparando novo disco e praticamente se esconde num lugar rural, perto de lago friorento. Com eles, estava essa figura que tem seu rosto sempre coberto pelo boneco, que não sabemos bem se é talentoso ou maluco, despertando paixão numa garota do grupo (Maggie Gyllenhaal, que sempre gostou de papéis estranhos).

O mais estranho é que Frank é vivido por um astro famoso hoje em dia que é Michael Fassbender e foi ele mesmo quem pediu o papel para a produção, mesmo sabendo que teria que usar aquela máscara desagradável e pesada quase que o filme inteiro. Sem que vissem sua expressão! Coisas de ator... Enfim, não é uma comédia mas tem muito humor, porque esse é o jeito de enfrentar as reviravoltas da bandas, os altos (Maggie descobrindo o herói nu!) e baixos (as cinzas jogadas num falecimento).

Claro portanto que não é um filmezinho digestivo, Frank porém é já é o quarto longa do diretor que se revela competente. Enfim, bizarro...