Crítica sobre o filme "Vox Lux - O Preço da Fama":

Rubens Ewald Filho
Vox Lux - O Preço da Fama Por Rubens Ewald Filho
| Data: 28/03/2019

Este é um filme extremamente curioso, que não fez boa carreira nos EUA provavelmente porque é tão bizarro que acaba dividido em dois ou três temas/situações diferentes para depois concluir com um tremendo show musical de Natalie, toda pop, com mascaras exóticas, drogada e confusa, mas que apesar de tudo isso sem muita razão acaba por estrelar um show de dança no palco e como o marido dela é um bailarino, ela não faz por menos e dá um show de coreografia especifica. A pequenina admitam ou não é uma ousada e corajosa atriz, claro que com altos e baixos. Mas filmes esquisitos como este existem justamente para isso.

Tudo começa com um diretor muito jovem e pouco conhecido chamado Brady Corbet, de 1988, americano, que começou com ator juvenil e fez muitos papeis assim em séries de TV e longas (Thirteen, Mysterious Skin, e para isso tem 38 créditos incluindo como diretor A Infância de um Líder (15) e agora este trabalho que ele divulgou afirmando que Vox Lux (seria Voz da Luz, em latim, mas já foi corrigido porque o certo seria Vox Lucis, enquanto o Vox Luz, seria Light Voice). Como hoje ninguém mais fala latim tudo bem o filme teve problemas (era para ser estrelado por Rooney Mara e Natalie trabalhou apenas dez dias, o que já foi um showzão!).

Ainda assim o filme é dividido em diferentes capítulos e o primeiro é extremamente forte e assustador mesmo. Começa com um rapazinho andando na estrada e invadindo uma classe de escola, já começando matando a professora a tiros e a seguir fazendo o mesmo com colegas e em particular a namoradinha dele. Tudo feito com muita força e até chocante. Ah, e a trilha musical do filme é superforte e até original. A mocinha, Celeste (Raffey), ajudada pela boazinha irmã faz tudo para se recuperar, passando 18 anos, começando em 1999 e concluindo em 2017, e nesse meio tempo ela virou uma pop star, famosa em todo o país e mesmo o resto do mundo. Tem um empresário que a ajuda (e quem fez o papel ingrato foi Jude Law). Passam uma temporada viajando pela Europa, até quando o filme se complica e Natalie acaba virando uma pop star ou global que teve um escândalo e agora a carreira está a beira do desastre (e o show musical do fim impressiona, mas também fica mais confuso e incompreensível). De qualquer forma, não é toda hora que se vê um filme original como este. Experimente.