Crítica sobre o filme "Amor à Primeira Briga":

Rubens Ewald Filho
Amor à Primeira Briga Por Rubens Ewald Filho
| Data: 02/04/2015

Uma interessante campanha de lançamento está tentando tornar mais conhecida esta comédia romântica francesa de diretor estreante, que foi muito premiada na Quizena dos Realizadores de Cannes. Assim levou 4 prêmios (incluindo o da critica), ganhou o César de melhor filme de estreante (foi indicado ainda como roteiro original, diretor, filme). Ganhou melhor estreante pelo Sindicato dos Críticos franceses, o importante prêmio Louis Delluc.

E na verdade há algo de diferente, de jovem e curioso nesta história em regiões pouco mostradas pelo cinema (a Gironde e a Aquitania, Landes, Alto Pirineus), numa história que é bem atual. Em meio à crise econômica, dois irmãos tentam levar adiante o negócio de construção e madeira do falecido pai. Eles vivem numa cidade à beira mar com a mãe, mas o mais novo Arnaud (Kevin), um tipo loiro e baixo, se interessa por uma garota rebelde, uma loira bonita mas que parece sempre estar na dela, pensando em ser lutadora, ou se inscrever no exército. Aos poucos, ele vai se aproximando dela, os dois se envolvem, tudo de forma muito particular nada clichê, até quando os dois resolvem fazer um estágio no exército, correndo risco de vida. Concluindo de forma melancólica.

O filme é basicamente isso. Se difere da tradição francesa existencialista e pesada, tendo momentos de romance, de filme de jovem, muito ajudado pela presença bonita mas diferente de Adèle (que conhecemos aqui de Os Amores da casa de Tolerância). Espero que o público reconheça seu frescor e originalidade.