Não sei se o público esta preparado para consumir outro filme sobre doença degenerativa tão perto do Para Sempre Alice. Na verdade, aquele filme é mais delicado ainda, discreto, mostrando apenas o começo da doença e não sua parte mais trágica. Este filme fala de outra doença semelhante e igualmente devastadora, o ALS, ou Amyotrophic Lateral Sclerosis. E a vítima desta vez é interpretada pela duas vezes premiada com o Oscar Hilary Swank, que depois do angustiante faroeste Dívida de Honra (ainda em nossos cinemas) retorna em outro filme difícil, outro papel corajoso. Kate é uma pianista clássica que tem tudo, um marido compreensivo (o bonitão Josh), uma boa casa e uma vida feliz. Tem Bec uma assistente complicada, universitária, com vida caótica. Mas quando chega o diagnóstico da doença e o marido quer pular fora, acaba sendo Bec que está disposta a ajudá-la.
Não conheço do diretor Wolfe a não ser pelo filme anterior dele, o romântico Noites de Tormenta com Richard Gere. E seu trabalho não prejudica nem faz brilhar uma história correta, baseada em romance de Michelle Wildgen. Gosto de Emmy Rossum (Phantom of the Opera) que faz a jovem ajudante enquanto Hilary esta sempre bem (ainda que fique com a impressão de que esta sempre levando tudo a sério demais). Uma coisa boa é o competente elenco de apoio com Frances Fisher como a mãe, Begley um tio, Loretta Devine também sofre com a doença mas tem a ajuda do marido Ernie Hudson, Márcia Gay Harden faz a mãe de Emmy, Jason Ritter um possível namorado. Todos são bem capazes de levá-lo as lagrimas.