Crítica sobre o filme "Fim de Semana em Paris, Um":

Rubens Ewald Filho
Fim de Semana em Paris, Um Por Rubens Ewald Filho
| Data: 26/03/2015

Foi muito bem recebido na Inglaterra este drama (com toques de comédia) romântico feito pelo diretor sul africano Michell (que fez Um Lugar Chamado Notting Hill, Venus e os mais fracos Um Fim de Semana em Hyde Park, Amor para Sempre com Daniel Craig e o polêmico Mother, novamente com Craig). O filme ganhou premio do British Independent Film Awards (melhor atriz, foi indicado como filme, roteiro, ator e coadjuvante), foi finalista de comédia no European Film Awards, concorreu ao New York Film Festival, Jim Broadbent foi melhor ator no importante Festival de San Sebastian.

Basicamente é outro filme dedicado especialmente ao público de Terceira Idade, que deve se deliciar com esta rápida mas sensível viagem a Paris, de um casal de terceira idade que pega o trem e gasta suas economias (ficando no melhor hotel da cidade), enfrentando também uma crise no matrimonio. Quem faz a esposa é Lindsay Duncan, que eu não conhecia muito até recentemente quando estourou como a crítica de teatro do Birdman (deveria ter sido indicada ao Oscar, já que sua aparição é incrível e antológica). Ela realmente não é uma atriz cálida e simpática e isso ajuda a tentar entender a crise entre um professor de filosofia e uma professora.

Não há turismo gratuito no filme e o principal passeio pela cidade é logo no começo de dentro de um taxi. Depois eles vão muito a restaurantes (mal se vê, porém o que comem!) e na parte final reencontram um velho amigo que os convida para um jantar no belo apartamento deles (o papel é de Jeff Godblum, que é uma presença muito agradável e convincente).

Ou seja, diferente de outros filmes turísticos o filme acaba sendo mais sensível e maduro. O público alvo deve gostar bastante.