Crítica sobre o filme "Blind":

Rubens Ewald Filho
Blind Por Rubens Ewald Filho
| Data: 12/03/2015

Foi muitas vezes premiado este drama, que levou 5 Amandas (o Oscar local), prêmios nos Festivais de Atenas, Berlim, Istambul, Neuchatel, Sundance (World Cinema), Village Voice (o jornal). O diretor Vogt estudou na França, fez dois filmes conhecidos de nossos festivais (Começar de Novo, 06, Oslo 31 de agosto, 11) e tem um novo chamado Louder than Bombs. Sua especialidade: alienação urbana.

É bom ficar avisado de qualquer forma que, no começo do filme para descrever a tara de um dos personagens, mostra-se pelo menos uns cinco minutos de detalhadas cenas de sexo explícito, que pode ofender alguma senhora desavisada. Depois que não é um filme muito fácil de seguir. A princípio ficamos conhecendo Ingrid, uma mulher que sofre de uma doença que vai deteriorando sua vista e que a está deixando cega. Ela precisa se ajustar a essa nova realidade.

Mas é importante perceber uma loira de trinta e poucos anos, ainda atraente, escritora, que fica confinada em seu apartamento. Mas logo também conhecemos Einar, um perdedor desagradável que é justamente aquele que gasta seu tempo envolvido com fetiches e pornografia. Elin é uma mãe solteira que tem que cuidar de sua filha e Morten é um arquiteto que está preso num casamento sem futuro. Dizem que o diretor deixa claro, eu não achei tanto, que Einar e Elin, são frutos da imaginação de Ingrid e Morten é apenas uma versão paranóica de seu próprio marido. Ou seja, é um filme de arte, que pode ser interessante e criativo se você gostar do gênero.