Crítica sobre o filme "Amor é Estranho, O":

Rubens Ewald Filho
Amor é Estranho, O Por Rubens Ewald Filho
| Data: 10/03/2015

Para nós brasileiros a figura mais importante deste filme independente americano é a presença do brasileiro Mauricio Zacharias como co-roteirista. Ele tem uma carreira bem sucedida com êxitos como Madame Satã, O Céu de Suely, Rio Eu Te Amo, mas também Deixe a Luz Acesa (12), ao lado do irregular Trinta (14) e do ainda inédito Montgomery Clift. Este O Amor é Estranho foi indicado ao Independent Spirit  e o Satellite.

Aqui se conta uma história bem novaiorquina. São dois homens gays da terceira idade, que se casaram, mas justamente por causa disso faz com que um deles perca seu emprego como professor (antes era tolerado, mas não oficialmente!). Ambos são interpretados por dois grandes atores, John Lithgow (Ben) e o inglês Alfred Molina (George). Mas em Manhattan é muito difícil conseguir alojamento, apartamentos a preços razoáveis e enquanto procuram eles vão se hospedando de favor na casa de amigos, quase como parentes. A princípio vai tudo bem, mas a situação se desgasta gerando conflitos e principalmente mal entendidos com os filhos dos amigos, adolescentes. Pior que isso é que a saúde de Bem está se desgastando.

Nesse gênero de filme sobre gays eu particularmente prefiro Toda Forma de Amor, 10, que deu Oscar® para Christopher Plummer, que era mais divertido, ágil e professoral. Este aqui mais baixo astral parece querer ensinar algo ou simplesmente não quer mergulhar de cabeça nos problemas. Fica um filme morno, que não dá nem chance de grandes momentos aos atores. Mas deve interessar o público alvo.