Este foi um dos filmes europeus mais celebrados do ano tendo sido indicado ao Globo de Ouro, Oscar® (ficou na pré lista mas não nos finalistas), prêmio do Um Certain Regard no Festival de Cannes, indicado para o Independent Spirit e como filme e direção para o European Film Award. E ganhou o premio local chamado Guldbagge de melhor fotografia, ator coadjuvante, roteiro e montagem. E mais 6 indicações. Também teve destaque na Mostra Internacional de São Paulo.
Curiosamente o diretor se inspirou para a história do filme que ele assistiu no YouTube e também numa interpretação por um acordeonista tocando Verão de Vivaldi (que ele usa direto no filme). A montanha na cena final é Stelvio Pass, na Itália, que é considerada a melhor estrada de neve no mundo. Mas não contente com isso o diretor pediu para os atores que se inspirassem cenas vistas na Internet, como o choro do pai e a cena do ônibus com estudantes também é citação de um deles.
É a história de Thoma e Ebba, um casal sueco que vem passar as férias de inverno com seus dois filhos, nos Alpes Franceses, num hotel de luxo. Quando estão almoçando num restaurante que faz frente a uma região que está sendo detonada para evitar perigosas avalanches. De repente ela realmente jorra neve e dá a impressão de que vai matá-los. Enquanto a mãe protege as crianças, o pai porém foge assustado, sem pensar nos outros. Poderá ele ser perdoado...
Uma pena revelar a trama central (que não fica no fim do filme), mas não há como comentar o filme sem revelar a inusitada situação e deixar as pessoas interessadas num dilema muito humano. Nem todos são heróis, alguns são mais egoístas que outros. Não é uma história muito mostrada e se presta muito a debates e discussões em escolas e cursos. Afinal o que você faria numa situação dessas, ou melhor dizendo, o seu inconsciente te levaria a fazer o que?
Não acho um grande filme, mas é interessante e deve interessar sim um público adulto e que gosta de polêmica.