Crítica sobre o filme "Antes de Dormir":

Rubens Ewald Filho
Antes de Dormir Por Rubens Ewald Filho
| Data: 03/02/2015

Não entendo como Nicole Kidman encontra tempo para fazer tanto filme, mesmo quando são projetos menores que dificilmente terão sucesso ou repercussão como é o caso deste suspense /thriller britânico, onde se reúne novamente com Colin Firth. Curioso para cinéfilo porque o diretor escritor é Rowan Joffé, que é filho do premiado com a Palma de Ouro Roland Joffé (por A Missão, e que numa carreira irregular acertou também com Os Gritos do Silêncio, Vatel). A mãe é a atriz britânica Jane Lapotaire (que viveu Piaf). Este Rowan já fez filmes melhores: o interessante O Pior dos Pecados (Brighton Rock, 10) e os roteiros de Um Homem Misterioso com George Clooney e Exterminio 2, de Fresadillo.

Meu problema maior com o filme é que ao mesmo tempo é meio óbvio, com tão poucos personagens e situações difíceis de encontrar uma solução mais complexa. E também um pouco confuso, querendo se tornar mais complexo e inteligente. Outra coisa que e difícil de engolir, é que a heroína Kidman sofre da mesma doença que Drew Barrymore na comédia com Adam Sandler, Como Se Fosse a Primeira Vez, 04, que aliás não era ruim.  As duas tem o mesmo problema, por causa de um trauma profundo tem memória curta, a cada noite quando dormem esquecem de tudo e recomeçam de novo a reaprender... No caso, Nicole vive com o paciente marido Firth que vai lhe ajudando, mas ela não satisfeita começa a recorrer a um médico (que lhe dá um vídeo para ir gravando) e uma antiga amiga, sem a certeza de que algum deles esteja dizendo a verdade...

E não podemos contar mais nada. Nicole se expõe já com menos botox, Firth parece gostar da companhia e o filme se não chega a convencer, dá para distrair. E nada mais.