Como dizem os gaúchos é um caso evidente de vela demais para pouco defunto, ou Shakespeare afirmaria (Muito Barulho por Nada). Imaginar que o mundo esteve ou ainda esta a beira de um conflito nuclear, ou coisa que a valha por causa de um filme tão menor, tão idiota, é coisa que nem a nossa mais louca e delirante imaginação poderia ter fantasiado. Muito bem com o direito de livre expressão e a Sony realmente fez mal em cancelar a principio a não exibição do filme como pedia o órgão terrorista que assina como Guardiães da Paz e o escândalo fez eles voltaram atrás, o filme passou em alguns cinemas espalhados pelos EUA sem incidentes, foi exibido em VOD (Now) e também copiado para a pirataria. Seu custo foi 44 milhões de dólares, mas o preço da moral da diretoria liderado por uma mulher não se pode calcular. O ataque de hackers que liberaram os emails (será que não sabem que não se critica presidente americana ou Angelina Jolie em emails de forma alguma! No mínimo é um vexame), contas, documentos e as cópias de uma meia dúzia de filmes ainda inéditos, demonstram como o mundo esta despreparado para lidar com a tecnologia atual e mais ainda contra os piratas em geral.
Sinto-me tolo repetindo o que todo mundo leu no jornal e se a presidenta da Columbia Sony não for mandada embora, aí que não existe mesmo no que acreditar. O medo é que a briga entre um ditador de farsa seja louco o suficiente para legar este filme estúpido a sério. E coisas piores aconteçam... Sim, estão certos os que dizem que já houve precedentes e saiu há um pouco um livro no Brasil , alias excelente – a Colaboração - O Pacto entre Hollywood e o Nazismo, de Ben Urwan, onde mostra como Hitler interferia até 1942, quando rolava totalmente a guerra ainda controlava os filmes que a MGM e outras iriam fazer! Mexendo mesmo no roteiro! Porque na década anterior fez isso aprovando ou não filmes que iriam passar na Alemanha (aonde faziam grande sucesso e Hollywood não queria perder o lucro). Quando Chaplin percebeu que na verdade Hitler era uma caricatura dele e ninguém falava isso, escreveu e dirigiu O Grande Ditador e por causa disso anos depois foi expulso dos Estados Unidos! Acusado de comunista! Imaginem por falar mal do pior líder da História moderna (na verdade satirizar, o riso podem ser a coisa mais cruel do mundo).
Imagino que a dupla Seth Rogen e James Franco não queira se comparar com Chaplin (e sinto muito mas eu gostei do filme anterior deles, desta mesma equipe que foi o muito caótico e engraçado, É o Fim, uma brincadeira com o apocalipse mundial). A ideia deste filme foi inspirada pelo jogador de basquete Denis Rodman, que visitou a Coréia do Norte e se tornou amigo do ditador. Assim inventaram agora o apresentador de TV ( Franco um ator detestável que deveria ter sido banido desde aquele festa do Oscar que apresentou!) e o produtor (Rogen, mais inteligente e com melhor carreira).
Franco é o Dave Skylark que apresenta um programa de entrevistas, com o Eminem dizendo que é gay, o Rob Lowe mostrando que é careca e o Levitt brincando com cachorros. Motivado pela concorrência eles vão ate a Coréia do Norte (o ditador teria dito que gostava deles) só que orientados pela CIA com armas para matá-lo! Daí em diante é pura chanchada interrompida por piadas de sexo ou banheiro (locações no Canadá), que talvez fossem mais engraçadas caso o filme não tivesse pisado tão forte e causado tanto mal.
De qualquer formar zombar de um inimigo da America não é exatamente um atrevimento já que mal e mal, ela se esforça em ser uma Democracia. Queria ver fazerem um filme desses em outros países e com tantos outros ditadores do mundo, sugiro mesmo uma série... Assim já bota para quebrar logo e resolvem seu desejo de morte.