Crítica sobre o filme "Melhor de Mim, O":

Rubens Ewald Filho
Melhor de Mim, O Por Rubens Ewald Filho
| Data: 28/10/2014

Há vários autores de best-sellers que são regularmente adaptados para o cinema com bastante êxito. Mas até agora o mais bem sucedido da atualidade tem sido Nicholas Sparks, que tem belo catálogo romântico. Já foram adaptados: Uma Carta de Amor (Message in a Bottle, 99, com Kevin Costner), Um Amor para Recordar (A Walk To Remember, 2002, com Mandy Moore), Diário de uma Paixão (The Notebook, Com Gena Rowlands, Ryan Gosling), Noites de Tormenta (Nights in Rhodante, 2008, com Richard Gere), Querido John (2010, com Chaning Tatum e Amanda Seyfried), A Última Música (The Last Song, 2010, com Myley Cirus), Um Homem de Sorte (The Lucky One, 2012, com Zac Effron), Um Porto Seguro (A Safe Haven, 2013, com John Duhamel). Além deste aqui, mais dois filmes em andamento, The Choice, filmando com Alessandra Daddario, Maggie Grace e The Long Ride com Scott Eastwood e Britt Robertson.

Pois de todos os sucessos, apenas este aqui é que decepcionou nas bilheterias americanas (custou 26 milhões de dólares e na segunda semana não conseguiu passar de 17!). Tenho problemas para explicar porque para mim todos são farinha do mesmo saco, com trama padrão, elenco fotogênico, locações em lugares idílicos e tropicais. E com a exceção de Diário de uma Paixão, que era humano e sensível e realmente me fez chorar, os outros são todos consumíveis. Não ofendem nem apaixonam. A coisa mais triste a respeito foi descobrir que iria ser Paul Walker que faria o protagonista e só não deu certo por causa de sua morte prematura.

A história aqui é rodada na Louisiana, como sempre tem um pequeno truque narrativo que o autor tenta esticar o mais que pode. Brincam os americanos que todo filme dele tem locações sulistas, fixação em doença terminal, cartas escritas ainda a mão, pais maus e muitos beijos na chuva. Mas o trailer deixa claro porém quase tudo. Um casal de adolescentes era muito apaixonado, mas por causa dos problemas da vida se afastam. Ela é rica (a gracinha Liberato), ele pobre, Luk Bracey (não conheço o moço nem faça questão, ele é australiano e por coincidência está em cartaz esta semana também em November Man). O fato é que se separaram e anos depois estão infelizes (o problema é que eles não se parecem quase nada com os atores que os faziam jovens).

A culpa parece ser do diretor Michael Hoffman, que tem um bom curriculum (A Última Estação, sobre Leon Tolstoi, Um Dia Especial, com George Clooney, O Outro Lado da Nobreza, com Robert Downey Jr). Mas não estava num dia inspirado.