Já não gostei muito do atual Chef (lobo disfarçado de cordeiro, é até mais filme de estrada e comédia romântica do que sobre culinária!). Mas achei ainda mais enganadora esta produção belga, que teve apenas uma vaga indicação a prêmio de coprodução.Com elenco desconhecido, aos 40 e poucos anos Pascaline dirige um restaurante e prepara um grande jantar para o dia dos namorados. Mas sucede o inesperado: seu namorado de vinte atrás retorna inesperadamente e pede para ela o acompanhar até Buenos Aires! No mesmo lugar, uma dona de casa entediada de trinta e poucos anos informa seu marido que ela tem um amante. Enquanto Mia já na casa dos cinquenta, pretende se suicidar. Quando é cortejada por um garçon (Lesley) e um funcionário público (Walker) fica completamente inseguro quando se senta diante da mulher de seus sonhos.
Acreditem o resumo parece muito atraente e interessante do que quando se desenrola no ambiente escuro e sem charme da Brasserie. Até porque o humor nunca foi o forte dos flamengos /belgas e por vezes tudo se resvala um pouco para o lado dark, porque tem pretensões a ser sátira. Ou ao menos de já seduzir o espectador com o chef preparando escalopes, ostras, pombos e convidativas sobremeses. O lugar é dirigido pelo chefe Angelo (Axel Daeseleire) e sua irmã Pascaline (Sara de Roo) que também cuida da filha do irmão divorciado. Ele bebe porque é frustrado e queria um restaurante maior. Pascaline nunca se recuperou do amor perdido.
E as histórias se cruzam, Rose (Barbara Sarafian) casada com um vendedor de carros, Fílip já não o suporta mais e tem um caso com um outro sujeito, ainda não aprovado. Walter (Mathijs Scheepers) realiza o sonho de jantar com uma mulher que contratou de um de serviço de companhias noturnas. Noutra mesa, Mia (Ruth Bequart) parece contemplar o suicídio pelo excesso de Chocolate mas tem uma surpresa. O diretor é um estreante de Bruxelas que veio de dirigir TV. Sua única intenção: que o filme fosse igual à vida. Alguém quer experimentar?