Crítica sobre o filme "Metéora":

Rubens Ewald Filho
Metéora Por Rubens Ewald Filho
| Data: 18/08/2014

Não se pode queixar do circuito arte nacional que com a chegada de várias distribuidoras independentes tem apresentado significativa variedade de filmes, inclusive este drama grego minimalista, muito particular, que passou em Berlim e foi ganhar melhor filme em Cartagena. Alternando cenas dramáticas com atores em locações exóticas, com outras feitas por animação, com um mínimo de diálogo exige um espectador paciente e disposto a observar a paisagem exótica e bonita, já que não está disposto a fornecer quaisquer informações. Nas montanhas da Grécia, há dois monastérios bizantinos gêmeos, feitos de pedra e cujo alcance só é conseguido através de sacos que ocasionalmente descem até a civilização (no que parece ser a busca de cordeiro e idílicos encontros entre o jovem e bonitão padre Theo Alexander  que esteve na serie americana True Blood, no inglês Prova de Amor. E uma freira interpretada pela atriz russa Tamila). Isso até o inevitável encontro de amor.     

Metéora em Grego quer dizer “levantar- se” ou “no ar” que designam os refúgios dos monges cristãos que se escondiam ali do governo Otomano. De qualquer forma é frustrante não se saber nada sobre os heróis ou sua vida pregressa. Alguns críticos acham que foi rodada até meio fora de foco para unificar todas as cenas, feitas sempre de um curto e determinado espaço. Este é o segundo filme do diretor que fez antes PVC- 1 (2007), na história real de uma mulher que é transformada em uma bomba humana!