Crítica sobre o filme "Marca do Medo, A":

Rubens Ewald Filho
Marca do Medo, A Por Rubens Ewald Filho
| Data: 01/07/2014

Para os fãs o mais curioso deste lançamento é o fato de que foi um dos primeiros filmes que trouxe de volta a lendária produtora Hammer dos anos 50, que foi responsável pela renascença do gênero terror em todo o mundo. Inclusive com a transformação em astro de Christopher Lee, vivo até hoje e perto dos cem anos e ainda trabalhando! Certamente ele foi o Drácula de minha geração e a Hammer fez bem em retornar com alguns filmes apenas razoáveis como A Mulher de Preto , A Inquilina e o melhor deles, o perturbador Deixe-me Entrar (que resistiu até sendo refilmagem). Como nada neste mundo é perfeito, este A Marca do Medo foi rodado em 2012 e só agora lançado, com certeza porque estavam inseguros de sua qualidade e não estão sabendo promover o fato de que seus atores estão já fazendo boa carreira nos EUA, começando com a doce Olivia Cooke (como Emma em Bates Motel)- aqui ela é a protagonista e mantém seu charme em meio a confusão geral. Tem ainda o Sam Claflin (que esteve em Piratas do Caribe em Águas Misteriosas e foi Finnick Odair, em Jogos Vorazes em Chamas e prossegue nos dois próximos).  O diretor é americano John Pogue, que trabalha com roteirista (US Marshals os Federais, 98, Sociedade Secreta I e II, com Paul Walker, a horrível refilmagem de Rollerball, o terror O Navio Fantasma, 02). Como diretor fez antes apenas Quarentena 2, 12.

Poxa, nós já apresentamos tudo que faltava como se estivéssemos enrolando para dar as más noticias. Que este terror é bem fraquinho, pior mesmo que outros recentes. A única coisa que faz é de vez em quando estourar o som, aliás com frequência para ver se a gente se assusta. O protagonista também é o bem reputado Jared Harris (que é filho do famoso astro britânico, Richard Harris de Um Homem Chamado Cavalo e Camelot. Jared já tem 72 créditos e faz aqui um pesquisador o Professor Coupland,  que investiga o caso de uma menina esquizofrênica , um professor de psicologia fora do normal que defende a teoria de poderes supernaturais podem ser a base de doenças mentais. Um de seus estudantes é o cameraman que registra os fatos que sucedem numa casa antiga perto de Oxford, nos anos 70, no meio de lugar nenhum. Estão juntos também um casal jovem de namorados e pesquisadores, mas ilustrado também com outras imagens captadas no passado (ou seja, com recursos antigos) vão demonstrando aos poucos que algo esta errado. Mas tudo é meio vago, como se não soubessem estabelecer as regras para torná-la mais assustadora. Até praticamente a meia hora final sua interferência  desse ser é quase nenhuma  (a  não ser a maldita interferência do som). Ou seja, o titulo original que seria Os Quietos, é justamente o oposto. Os Barulhentos.